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a curta história do Bil (comigo) 🧡

Eu tive um Fusca, por quase um ano. "Um fusquinha laranja muito engraçadinho", era uma descrição bem rasa do que ele era, quer dizer, do que ele foi pra mim, porque ele continua sendo tantas outras coisas pra outro alguém. Eu o chamava de Bil, que eram as letras de sua placa e era um apelido pro nome que demos: BumbleBil. Apesar do pouco tempo que a gente ficou junto, eu me apeguei tanto que chorei quando vi ele indo embora. Precisamos vender porque, um carro antigo e mal cuidado, demanda tempo e dinheiro, que eu não tinha naquele momento. Gastamos tudo o que podíamos (e não podíamos), fizemos tudo da melhor forma possível, restaurando peças, investindo em peças originais, estética bacana. Trocamos volante, pneus, tapeçaria, freio, suspensão, caixa de direção, câmbio, escapamento... Enfim, tudo que precisava. Deixamos o Bil feliz, depois de quase um ano encostado pegando poeira, ele foi amado e cuidado.  Sim, eu tô falando de um carro como se fosse um bichinho de estimação. E...
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Amor.

" Se alguém te pedisse para listar todas as coisas que você ama, quanto tempo você levaria para citar seu nome? " Vi essa frase em um instagram dia desses e me coloquei a pensar...: Amor-próprio é um bagulho muito louco. Difícil achar quem o tenha desde os primórdios. Afinal, lá no comecinho, a gente nem se conhece, como é que vai se amar? Eu descobri esse tal de amor-próprio quando percebi que outros me amavam. "Se fulano consegue ver essas coisas boas em mim, por que eu não consigo?"... E lá vou eu entrar numa profunda onda de reconhecimento.  Hoje eu posso dizer que me amo, e amo todos os erros que cometi no caminho até conhecer quem sou, mas nem sempre foi assim. Talvez sua jornada de autoconhecimento seja longa, ou nem tanto. Talvez tu saiba exatamente quem é desde sempre, apenas precise ajustar o foco da lente, olhar a vida de fora, ter outro ponto de vista. Seja como for... Tire um tempo pra si, aprenda a se amar. E tudo, TUDO ficará ...

e todo dia vai ser sempre um recomeço...

Tem dias que eu acordo, abro a janela e fico encarando o sol, esperando que ele brilhe também dentro do peito. Eu amo os dias cinzentos, mas de uns tempos pra cá, tenho encontrado angústia e ansiedade em meio a eles. É como se o clima dissesse: hoje é dia de se recolher, guardar seus pensamentos, filtrar suas emoções. Dias cinzas me trazem muitas reflexões e, geralmente, elas não são bonitas e floridas. Hoje eu falhei miseravelmente em trazer o sol pra dentro de mim. Lá fora o dia tá lindo, céu azulzinho, nuvens que parecem algodão. Aqui dentro tá frio, cinza, com febre e pedindo cobertor num quarto escuro. Mas me recuso a ceder pra essa ansiedade que cisma em vir me visitar, boto uma música no fone de ouvido, abro o bloco de notas e despejo aqui minhas palavras, tentando organizar os pensamentos e sentimentos. Horas se passaram... Agora o @lucasfresno tá gritando no meu ouvido: "E todo dia, eu nasço, eu cresço, eu adoeço, eu morro um pouco mais pra me tra...

Permita-me apresentar... Karina

No último final de semana, tive uma conversa com uma amiga sobre o quanto mudei nesses últimos tempos, na verdade não foi uma conversa propriamente dita, ela fez uma breve análise que me botou uma colônia de pulgas atrás da orelha e, como boa neurótica que sou, pus me a pensar no assunto. Quando a conheci, lá pro final de 2013, começo de 2014, eu era uma pessoa bem perdida em diversas questões. Bebia muito, tinha uns conceitos de amizade e relacionamento meio tortos, bom, era o que eu tinha na época, então, era o que eu conhecia. Hoje, quase cinco anos depois, acho que amadureci (grazadeus) e tô me encontrando. Vou voltar mais um tantinho no tempo, 2007, quando comecei a criar laços com pessoas de verdade (e quando digo "de verdade" quero dizer laços que mantive, apesar da distância e da falta de contato, são pessoas que não "cortei" da minha vida), pois bem, amigos da época que tocávamos violão no palquinho do BEFAMA digam "HEY"  Lá em 2007 eu e...

É de se perceber...

Nos últimos tempos tenho me percebido muito mais atenta aos detalhes, a cada milímetro de emoção que passa por mim. Percebi que era isso que me faltava pra voltar a escrever: sentir.  E eu tenho sentido tanto. Semana passada fui a um festival de Hard Core, daqueles que me faria a adolescente mais feliz do mundo uns doze anos atrás. Naquela época não podia frequentar shows (mãe muito rígida, sacomé), muito menos em SP (onde tudo acontecia), logo, boa parte das bandas que foram trilha sonora dos meus amores e dissabores de adolescente, eu nunca vi pessoalmente, até sexta passada. O Oxigênio Festival já é tradicional na cena do HC e esse ano eu (finalmente) fui. Eu vi Dance of Days, Hateen, os novatos no meu coração Far From Alaska e, por último e mais importante, EU VI FRESNO. Sabe aquela sensação de ter alguém gritando dentro da sua cabeça? Era eu durante o show, no qual, eu só chorei. Cada música me levava pra um momento, a grande maioria de sofrimento bobo, de amizades que ...

O cantinho mais escuro...

É bem difícil lidar com a depressão. No começo é só uma tristeza pelas tantas coisas do dia a dia, depois um incômodo em estar perto de pessoas e ter que explicar porque se isola ou não tem muita paciência pra conversas, na verdade, às vezes nem é falta de paciência, é falta de vontade. Depois de um tempo nessa inércia, descobri as vozes... elas me falavam o tempo todo, todas as formas como eu fracassei na minha vida, embora seja um curto espaço de tempo. Eu sou nova, beirando meus 25 anos, com uma faculdade "recém" concluída. Sim, entre aspas porque eu tenho dependências pra cumprir. E esse é só um dos meus fracassos. Além da faculdade, minha eterna tormenta, eu tenho um emprego, bom, não é um EMPREGO, é um estágio, o que não o torna menos emprego e menos dos sonhos, já que trabalho numa área que amo, tenho pessoas incrivelmente profissionais e amigas comigo todos os dias, aprendo muito e ensino também. Quem diria que eu poderia ensinar alguém.Perdi uma amiga, alguém que e...

Me deixa florescer, florear, viver...

Eu tenho essa mania de criar raízes, de romantizar qualquer caso, de florear qualquer jardim. Na teoria, tudo isso é muito lindo. Acontece que nem todo mundo tá preparado pra ter tanta profundidade numa relação, nem todo mundo é merecedor de conhecer suas raízes, nem todo mundo tem terra o suficiente pra você se aprofundar e enraizar pra crescer firme e forte. Perdi as contas de quantas vezes finquei raízes em pessoas rasas, lugares com terra estéril, onde nada brotou.  Nessas tentativas, perdi um pouco de mim. Mas lá estava eu, na próxima temporada, recuperada e florindo outra vez.  Entre uma primavera e outra, um outono sem fim. Galhos cheios, folhas secas, muita vida e falta dela. E dentre os invernos mais rigorosos, organizar a mente, escolher um novo lugar e começar denovo.  Mesmo com todo esse desmatamento de mim, eu insisto em ser flor, em fincar num lugar, criar raízes e me deixar florescer, florear, viver.